Morte de mulher por intoxicação de água alerta para a quantidade ideal de consumo e variáveis que podem levar à Hiponatremia
Dra. Elaine Dias JK, médica metabologista e PhD em endocrinologia pela USP, explica os fatores que podem levar a complicações da saúde e medidas caseiras em situações de desidratação
Nos Estados Unidos, o caso de uma mulher que morreu por intoxicação de água, após tomar dois litros em 20 minutos, com notícias em diversos países, despertou um alerta importante em torno da necessidade ideal de hidratação para o organismo. Afinal, qual é o volume saudável para as pessoas e quais os fatores devem ser levados em consideração para não chegar à Hiponatremia?
De acordo com a Dra. Elaine Dias JK, PHD em endocrinologia pela USP e metabologista, hiponatremia é uma condição médica caracterizada por baixos níveis de sódio (na forma de íons de sódio) no sangue. “Isso ocorre quando a concentração de sódio fica abaixo de 135 mEq/L (miliequivalentes por litro). E a causa pode ser por várias razões, como ingestão excessiva de água, conforme o caso dessa moça, perda excessiva de sódio, retenção excessiva de água, medicamentosa e alterações hormonais, como hipotireoidismo e insuficiência adrenal”, explica a médica.
A Dra. Elaine ressalta que o consumo excessivo de água pode ser prejudicial em qualquer idade, mas a gravidade das consequências pode variar. “Em geral, o excesso de água pode levar à diluição dos eletrólitos no corpo, incluindo o sódio, resultando hiponatremia, especialmente se os rins não conseguirem eliminar o alto volume ingerido de forma adequada. Crianças e idosos podem ser mais suscetíveis aos efeitos do consumo excessivo de água, devido às diferenças no tamanho corporal e na função renal”, comenta a médica.
A recomendação diária varia de acordo com a idade, sexo, peso, nível de atividade física e condições ambientais, segundo a metabologista. “As diretrizes gerais da maioria das organizações de saúde sugerem uma ingestão diária total de água (incluindo água de bebida e proveniente de alimentos) em torno de 2 a 3 litros para adultos saudáveis. No entanto, cada pessoa pode ter necessidades específicas. É importante beber água regularmente ao longo do dia, mesmo quando não se sente sede, para manter uma hidratação adequada. Uma conta fácil para calcular a ingesta de água é 30 a 40 ml por quilo de peso por dia”, orienta a Dra. Elaine.
Além disso, a médica ressalta que as necessidades de hidratação podem variar conforme as condições climáticas e geográficas. Em climas mais quentes e úmidos, a transpiração é mais intensa, levando a uma perda maior de água e eletrólitos. Nessas condições, é necessário aumentar a ingestão de líquidos para compensar a perda de água através do suor. “Altitudes elevadas, respiração rápida e superficial também podem levar à perda de água através da respiração, podendo levar à desidratação”, explica a endocrinologista.
A Dra. Elaine explica que, dentre os principais sintomas de desidratação, estão: sede, boca seca, diminuição da produção de urina, urina de cor escura, cansaço, desânimo, sensação de tontura ou vertigem, fadiga, pele seca e fria e batimentos cardíacos acelerados.
“Se alguém apresentar sinais de desidratação leve a moderada, as medidas caseiras corretas de primeiros socorros são:
– Beber líquidos em pequenos goles, preferencialmente água ou soluções de reidratação oral;
– Evitar bebidas com cafeína ou álcool, pois podem piorar a desidratação;
– Consumir alimentos ricos em água, como frutas e vegetais;
– Repousar e evitar atividades físicas intensas;
– Caso a desidratação seja devido a vômitos ou diarreia, é importante tentar repor os líquidos perdidos. Mas, se os sintomas persistirem, é essencial procurar atendimento médico.
“Se a desidratação for grave ou associada a outros sintomas preocupantes, como confusão mental, dificuldade para respirar ou batimentos cardíacos irregulares, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente, pois pode ser necessário tratamento mais específico e intervenções médicas”, finaliza a Dra. Elaine.
Sobre a Dra. Elaine Dias JK
A Dra. Elaine é PhD em endocrinologia pela USP, também é membro ativo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, onde foi professora no curso de USG de Tireoide. Em sua clínica-boutique na Oscar Freire, atua com uma equipe de profissionais multidisciplinares em um espaço acolhedor e humanizado, com tecnologias de última geração. É uma das poucas no Brasil a realizar o exame de epigenética, que permite a personalização do tratamento com a orientação de dieta e atividade física ideal para cada paciente, apontando os melhores caminhos para resultados mais efetivos.
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